O despertador toca. Abro as portadas do quarto para saber a cor dos meus pensamentos.
Começa a chover.
Dia de chuva.
Dia de escola.
Dia de galochas.
Na sala de aula, é preciso acender as luzes.
A hora do recreio é passada a fazer jogos na biblioteca.
O chão da escola está cheio de pegadas feitas de água suja.
Os vidros embaciados carregam mensagens escritas com os dedos.
A roupa torna-se mais quente.
O caminho de regresso é feito com algum esforço, segurando a mochila pesada e o guarda-chuva. Depressa, para chegar a casa. Devagar, para não escorregar na calçada.
E, no entanto, estas horas deixam saudades.
